Uma pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) revelou que os belo-horizontinos planejam gastar R$270,98 durante o Carnaval.

 O investimento será, principalmente, em bebidas alcoólicas (75,9%) e não alcoólicas (66,7%). Também entram na conta, lanches (55,2%), adereços (39,1%), fantasias (8%), spray de espuma (8%), maquiagens (6,9%), confete e serpentina (5,7%) e máscaras.

O levantamento, feito com 202 residentes da capital mineira entre os dias 3 e 9 de janeiro, mostrou também que 43,1% dos moradores vão curtir a folia em Belo Horizonte. Este número representa um crescimento de 34,7% em relação a 2023, quando a intenção era 32%. A maior parte dos foliões têm idade entre 25 e 44 anos, sendo 62% do gênero feminino e 51,5%, masculino.

“O Carnaval de Belo Horizonte está cada vez mais fortalecido, inclusive entre os próprios moradores que, cada vez mais, optam por permanecer na cidade no período da festa. Com isso, a tendência é que o consumo em torno da festa também aumente”, avalia o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

PIX e cartão de débito para pagar as compras

Para curtir a folia sem dívidas futuras, a maioria dos entrevistados (96,5%) irá pagar as compras à vista. “Identificamos que, neste ano, a utilização do PIX e do cartão de débito vão aumentar. Isso mostra que o consumidor está mais consciente e evitando que gastos extras atrapalhem o orçamento”, destaca Souza e Silva.

De forma detalhada, as formas de pagamento aparecem com as seguintes preferências:

· À vista no cartão de crédito: 28,7%

· PIX: 24,1%

· Cartão de débito: 23%

· Dinheiro: 20,7%

· Parcelado no cartão de crédito: 2,3%

· Boleto: 1,1%


Foliões vão investir R$ 78 nas fantasias

As ruas serão tomadas por foliões fantasiados durante a festa, afinal 72,4% dos entrevistados desejam investir em roupas temáticas (29,9%) e adereços (42,5%). Para isso, os consumidores projetam um gasto médio de R$ 78,06.

Para comprar os itens carnavalescos, os consumidores pretendem ir às lojas físicas de rua (39,7%). As demais opções citadas foram:

  • Vai confeccionar a própria fantasia: 19%
  • Reutilizar fantasias e adereços: 17,5%
  • Comprar pela internet: 15,9%
  • Comprar em shopping popular: 6,3%
  • Comprar em shopping center: 1,6%

Preferência por blocos do hipercentro

A maioria dos entrevistados (37,2%) afirma que irá curtir os blocos que se apresentam no hipercentro da capital mineira. Já 22,1% irão nos cortejos do bairro em que residem e 11,6% em outros bairros; 29,1% dizem não ter preferência quanto ao local de apresentação do bloco.

Mobilidade durante o Carnaval

Para transitar pela cidade, 37,9% dos foliões irão utilizar os serviços de carros de aplicativo e 28,7% vão à pé. Os demais meios de locomoção citados foram:

  • Ônibus ou lotação: 14,9%
  • Carro próprio: 5,7%
  • Carro de terceiros (carona): 5,7%
  • Metrô: 4,6%
  • Táxi: 1,1%
  • Motocicleta: 1,1%

A pesquisa da CDL/BH perguntou aos entrevistados sobre os pontos positivos e negativos da folia belo-horizontina. Foram levantadas as seguintes respostas:

Características positivas do Carnaval

  • Evento gratuito e aberto ao público: 51%
  • Valorização da cultura brasileira: 38,1%
  • Conhecer novas pessoas: 31,7%
  • Diversidade dos blocos: 30,2%
  • Eventos descentralizados: 25,2%
  • Liberdade de expressão sem julgamentos: 9,9%
  • Geração de renda extra: 8,4%
  • Fomento à economia: 5,9%
  • Incremento do turismo: 2%

Apenas 1,5% disse não enxergar pontos positivos.

Grande parte dos foliões que irão para a folia deste ano em Belo Horizonte (87,4%), também participaram do Carnaval em 2023. Deste total, 85,5% relatam que não sofreram nenhum transtorno durante a última festa e 14,5% afirmam que viveram algum incômodo.

Desconsiderando as características específicas do Carnaval de Belo Horizonte, mas analisando o feriado como um todo, 32,7% afirmam que preferem aproveitar a data para descansar.

Características negativas do Carnaval segundo os entrevistados

  • Poucos banheiros: 49%
  • Assédio sexual: 46%
  • Alto volume de lixo nas ruas: 45%
  • Ausência de forças de segurança: 41,6%
  • Escassez de transporte público: 21,3%
  • Consumo excessivo de álcool pelos foliões: 15,8%