A GAL – Galeria de Arte se prepara para se despedir de seu atual espaço, a Casa GAL, com a exposição Quieto no Escuro, do artista Rodrigo Borges, que será inaugurada no dia 23 de outubro de 2024.

A mostra, que apresenta 13 desenhos inéditos de animais produzidos entre 2021 e 2024, estará aberta ao público até dezembro, quando a galeria encerra suas atividades no endereço do bairro Sion. O próximo local da GAL será divulgado em breve.

Rodrigo Borges reflete sobre o conceito da série: “A série Quieto no Escuro pretende dar a ver uma imagem que vem do escuro com o escuro e, assim, dizer da importância do escuro na construção do imaginário e do mundo. Esse meu interesse pelo escuro vem da abstração geométrica (especialmente Malevich), dos grafismos indígenas e de uma série de outras escuridões... Também se apresenta como uma resposta ao excesso de claridade do mundo 24/7, às telas brilhantes dos equipamentos digitais e aos desafios ecológicos que vivemos hoje.” Ele também menciona que a frase de Guimarães Rosa “Tudo o que muda vem quieto no escuro” inspirou o processo criativo, que explora a lentidão e a quietude em contraste com a velocidade do mundo atual.

Desde sua criação, em 2017, a GAL tem se destacado por ocupar espaços vazios na cidade e criar novas possibilidades para a circulação da arte contemporânea. Em 2021, com a criação da Casa GAL, a galeria ganhou um endereço fixo, que abrigou exposições, residências e outras expressões artísticas. “Pensamos sempre em como aproximar o público à arte contemporânea através de mostras individuais e coletivas”, afirma Laura Barbi, curadora e idealizadora do projeto.

Sobre Rodrigo Borges

Vive e trabalha em Nova Lima, MG. 

Professor Adjunto do Departamento de Desenho da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Artista-pesquisador com doutorado (2017) e mestrado (2005) em artes pela EBA/UFMG, graduação em Arquitetura e Urbanismo (1997) pela Universidade Federal de Viçosa e em Artes Visuais/Desenho (2002) pela EBA/UFMG. Suas proposições plásticas, por meio de colagens, desenhos e instalações, buscam ativar o ambiente, construindo modos de entrelaçar e envolver planos, volumes e arquiteturas aos sujeitos e suas ações. Desde 2005, tem utilizado fitas adesivas como matéria base a partir da qual constrói geometrias planas e adesivas. Um trabalho que, referenciado no campo da pintura e do desenho, desdobra-se em intenções espaciais, fazendo corpo com as arquiteturas, pessoas e situações específicas presentes em cada lugar de exposição.

Exposições individuais: Trópico – Galeria de Arte GTO no Sesc Palladium (Belo Horizonte, 2017); Caixa Aberta na Galeria EmmaThomas (São Paulo, 2011); Embrulho no Espaço Cultural Cemig Galeria de Arte (Belo Horizonte, 2010) e no Programa de Exposições 2005 do Centro Cultural São Paulo.

Principais exposições coletivas: Quando For Sair Lá Fora – GAL (Belo Horizonte, 2023); Da Sala Ao Jardim: ensaios – Museu da Inconfidência: Sala Manoel da Costa Ataíde (Ouro Preto, 2022); Dias Fora De Tudo – Grande Galeria do Centro Cultural UFMG (Belo Horizonte, 2022); Gráficografia – Museu Histórico Abílio Barreto (Belo Horizonte, 2020-2); Escotoma: Mostra Residências artísticas – Atelier Aberto no Centro Cultural UFMG (Belo Horizonte, 2020); ESTADIA3: no Anexo do Museu da Inconfidência (Ouro Preto, 2019); ESTADIA2: no Museu Mineiro (Belo Horizonte, 2019); ESTADIA: no Museu da Inconfidência (Ouro Preto, 2018); Plantear no Centro Cultural Yves Alves (Tiradentes, 2017); Grassar. Exercícios para um ateliê sem paredes no Anexo do Museu da Inconfidência (Ouro Preto, 2016); Campo Branco na Galeria da Faculdade de Artes Visuais / UFG (Goiânia, 2104); Situações Brasília no Museu Nacional do Conjunto da República (Brasília, 2012); Campo Branco no Centro Cultural Banco do Nordeste (Fortaleza, 2012); Geometria Impura no Centro de Arte Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, 2010-11); Bomserá no Anexo do Museu da Inconfidência (Ouro Preto, 2010); Geometria Impura no MAM Bahia (Salvador, 2009); Fiat Mostra Brasil no Porão das Artes da Fundação Bienal (São Paulo, 2006); Disposição no Palácio das Artes (Belo Horizonte, 2005) e Rumos da Nova Arte Contemporânea Brasileira no Palácio das Artes (Belo Horizonte, 2002). 

Artista selecionado para o Programa Rumos Itaú Cultural Artes Visuais edição 2001/2003; e para os eventos: Fiat Mostra Brasil no Porão das Artes da Bienal de São Paulo – 2006; Noite Branca (no parque) em Belo Horizonte – 2012; Situações Brasília – Prêmio da Arte Contemporânea do Distrito Federal – 2012; Permeabilidades, CEIA Centro de Experimentação e Investigação na Funarte MG – 2012. Participou em 2010 do projeto de Residência Héritage, parte do projeto Evolução Francesa Lacoste com exposições no Rio, São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte. Suas obras foram expostas na Feira Parte em São Paulo, em novembro de 2018.