Confira a programação deste mês para o Memorial Vale.
Convocatórias para os artistas
Seguem até 11 de abril as inscrições para as convocatórias do Memorial Vale através das quais serão selecionadas propostas de shows, peças de teatro, dança, apresentações circenses, artes visuais (fotografia e performance), audiovisual (vídeo, curta metragem) e saraus literários que irão compor a programação do museu ao longo de 2021. O link com o edital e formulários de inscrição é o www.memorialvale.com.br/pt/
01/04 – VERDADE OU CONSEQUÊNCIA?
Pensando no tempo presente de crise, no qual a realidade é moldada e manipulada com as famosas fake news (que podem resultar em criação de conflitos, cortinas de fumaça para assuntos importantes e subversão da verdade) o Educativo do Memorial Vale propõe uma reflexão sobre o 1º de abril. Não apenas uma ode à mentira, mas sobretudo para levantar discussões acerca dos impactos negativos e refletir sobre o poder que a mentira possui na sociedade.
02/04 – DICAS PRETAS (02, 09, 16, 23 e 30/04)
Às sextas-feiras, às 10 horas, o Educativo divulga as “Dicas Pretas”. São pílulas, com dicas de livros, filmes, etc. com temática étnico racial e produzida por pessoas negras, dando um destaque para produções literárias destinadas ao público infantil. O objetivo é contribuir para discussões sobre as questões étnico raciais, trazendo indicações de conteúdo que ajudem a refletir e conhecer mais sobre a identidade negra. A ação acontece no Instagram do Memorial Vale e possui legenda descritiva das imagens.
07/04 – SEMENTES DA DIÁSPORA (07,14, 21 e 28/04)
Todas as quartas-feiras, às 11 horas, o Educativo realiza a instalação “Sementes da Diáspora”. Iniciada em 2019, a ação consiste numa instalação na qual a partir de cards (envelopes com sementes de plantas de origem africana estampados com imagens e informações sobre personalidades afro) instalados no Baobá construído pelo Educativo, o visitante é convidado a “colher” essas sementes e refletir sobre o apagamento do protagonismo negro na nossa história. Nesses tempos de distanciamento por causa da pandemia, a ação continua de forma virtual, nas redes sociais do Memorial Vale e possui legenda descritiva das imagens.
10/04 – MÚSICA PARA BRINCAR, COM QUINTAL DA GUEGUÉ (10, 17, 24 e 25/04)
Nos dias 10, 17, 24 e 25, sempre às 16 horas, o Quintal da Guegué convida o público a participar ativamente da cena teatral, com música, bonecos e adereços, transformando cada encontro numa celebração à alegria! O espetáculo Música para Brincar foi criado a partir de brincadeiras e canções que chamam a criançada para uma vivência ativa do início ao fim. Integra o projeto “Eu, Criança, no Museu!” do Memorial Vale.
"O Quintal da Guegué" dedica-se à produção artística para crianças desde 2012. Trabalhando com diversas linguagens artísticas incluindo música, literatura infantil, bonecos, adereços e técnicas teatrais apresentou-se em diversas cidades mineiras, como Belo Horizonte, Contagem, Juiz de Fora, Itaúna, Araxá, Sacramento, João Pinheiro, Brasilândia de Minas, Sabará e também em Cariacica (ES) e Feira de Santana (BA). Leva ao público infantil e adulto a oficina de formação de professores e espetáculos cênico-musicais, brincantes e interativos. Em 2016, lançou o CD "Canções para brincar e ser feliz".
24/04 – BATE-PAPO COM PELÉ NO DIVERSIDADE PERIFÉRICA
No dia 24 de abril, sábado, às 18 horas, o projeto Diversidade Periférica traz ao Memorial Vale o artista plástico Fabiano Valentino, mais conhecido como Pelé, que faz pinturas e murais, para um bate-papo sobre sua arte que reflete o cotidiano das favelas e as relações no contexto urbano entre a “Favela e o Asfalto”. Pelé nasceu em Belo Horizonte e é artista autodidata, muralista e arte-educador. O projeto Diversidade Periférica tem curadoria de Patrícia Alencar.
As obras de Pelé já foram expostas na Itália, em eventos no Expominas, no Colégio Marista, entre outros locais. Ao longo de sua carreira , além do reconhecimento do seu trabalho, recebeu alguns prêmios, como o Prêmio Muquifu, Prêmio Gentileza Urbana e Escola Educadora.
O projeto Diversidade Periférica traz mensalmente para o Memorial Minas Gerais Vale uma programação artística-cultural com conteúdos que mergulham na trajetória ancestral dos becos e vielas do espaço de saber chamado Favela, e também das comunidades de periferia de Belo Horizonte e vizinhanças.
Patrícia Alencar, curadora do Diversidade Periférica, é mineira nascida na Favela do Morro do Papagaio, em Belo Horizonte. É ativista social, gestora cultural, arte educadora e dançarina, engajada na luta contra o racismo e pela igualdade social, desenvolve suas atividades desde de 1998. Hoje é uma das Diretoras da CUFA (Central Única de Favelas), co-fundadora da Frente Favela Brasil e também faz parte da Associação Sócio Cultural Bataka. Produziu eventos de relevância para Belo Horizonte, como o Dia das Favelas, Taça das Favelas, Carnafavela, Hip Hop Rua, entre outros. Sua atuação tem como premissa a transformação social por meio das artes e por meio do protagonismo de moradores de favelas.
25/04 – CAMILA ROCHA QUARTETO
No dia 25 de abril, domingo, às 11 horas, o Memorial Vale traz o show de Camila Rocha Quarteto dentro do projeto Memorial Instrumental. Nesta edição, Camila mostra um projeto próprio, com composições autorais, além de releituras de grandes nomes, principalmente, da música brasileira. A contrabaixista será acompanhada por Luadson Constancio (teclado), Lucas de Mello (guitarra) e Paulo Fróis (bateria). No repertório, “Léa no Baião” (Camila Rocha), “Ciclo” (Camila Rocha), “Refém da Solidão” (Paulo César Pinheiro e Baden Powell, com arranjo do Trio Corrente), “Nardis” (Miles Davis), “Yatra ta” (Tânia Maria) e “500 miles high” (Chick Corea). O Memorial Instrumental tem curadoria de Juliana Nogueira.
A contrabaixista Camila Rocha é bacharel em Música Popular pela UFMG. Em 2014, ganhou o prêmio Jovem Instrumentista do BDMG e, em 2018, foi premiada como Melhor Instrumentista da XVIII edição do BDMG Instrumental. Já tocou com músicos como Juarez Moreira, Chico Amaral, Orquestra Ouro Preto e Alceu Valença, Morais Moreira, Mônica Salmaso, Toninho Horta, Ná Ozzetti, Titane, Ellen Oléria, Sérgio Pererê, Odair José, Eduardo Neves, Marcelo Martins, Pedro Martins, etc. Participa de diversos trabalhos de compositores da cidade, que variam do instrumental à canção.
Iniciada em março de 2020, com curadoria e produção de Juliana Nogueira, a série Memorial Instrumental foi aberta com show em trio em homenagem às mulheres, formado pelos músicos Christiano Caldas (piano), Lincoln Cheib (bateria) e Stephan Kurmann (contrabaixo acústico). Logo após o primeiro show houve uma pausa em função da pandemia. E depois de alguns meses, veio a retomada de forma on-line. No período de junho a dezembro foram realizados, mensalmente, shows com nomes da música instrumental de Belo Horizonte levando até ao público as possibilidades sonoras de instrumentos variados, tocados por músicos de diversas gerações. Em 2021, a série será dedicada às mulheres.