Muito comum em provas de concurso público as figuras de linguagem costumam causar arrepios nos concursandos.

Para quem não se lembra, figuras de linguagens ou de pensamento são construções feitas para modificar o sentido linguístico, ou seja, representam o sentido conotativo ou figurado. 

O problema das figuras de linguagem nos concursos é a que proximidade que existe entre os conceitos e a pressão emocional na hora de fazer a prova podem ser uma mistura capaz de causar uma verdadeira confusão; e confundir temas em questões de concurso, principalmente se for na prova de português, pode ser critério de desempate.

Metáfora

Representa uma comparação entre dois termos.

Exemplo: Leo é um leão.  Nessa frase o autor que dizer em sentido figurado que Leo é tão bravo como leão e não que é o animal.

 Metonímia

Consiste na substituição de um termo por outro. Muito comum na expressão popular principalmente quando estamos falando de produtos.

Exemplo:  traga-me um bombril.  Nessa frase o autor deseja uma palha de aço, mas a mesma foi substituída pelo nome da marca do produto.

Antítese

Essa figura consiste na marcação de ideia opostas.

Exemplo: Vem o calor depois o frio.  O calor e frio representam ideias opostas isso está marcado na frase do autor.

Paradoxo

O paradoxo é uma figura de linguagem que evidência uma condição ilógica. Uma condição que não tem como ser estabelecida. Essa figura é usada não só nas provas de português como nas de raciocínio lógico.  

Exemplo: Estou mentindo. A frase é do autor [é um paradoxo, pois se o autor está dizendo a verdade ele evidencia que está mentido, se está mentindo ele está dizendo a verdade.

Perífrase

Assim como a metonímia consiste na substituição de um termo por outro, porém a grande diferença é que na metonímia existe uma estreita relação entre os termos enquanto que na perífrase não existe uma estreita relação.

Exemplo: A cidade maravilhosa é quente no verão. Nessa frase o autor substitui a palavra Rio de Janeiro por cidade maravilhosa, uma característica pela qual a cidade é conhecida.  Diferente da metonímia o termo não tem uma estreita relação, já que não pode ser identificado sem conhecimento prévio de que o Rio de Janeiro é conhecido como cidade maravilhosa.  Diferente do exemplo da metonímia, já que bombril é uma palha de aço de qualquer maneira, ou seja, tem estreita relação.

Ironia

Essa figura de linguagem é marcada por verbalizar o contrário do que o autor quer dizer. É considerada por muitos sinônimo de inteligência, já que exige certo grau de elaboração para não soar ofensiva.

Exemplo: Eu sinto muito por ter faturado o prêmio.  Obviamente o autor da frase está sendo irônico, já que ele não estaria se lamentando por ganhar.

Eufemismo

Essa figura de linguagem é marcada pela suavização de uma expressão.

Exemplo: Leo pegou a carteira de Marco emprestada. O autor suavizou a expressão, mas quis dizer que Leo roubou a carteira de Marcos.

Prosopopeia

A prosopopeia consiste em atribuir características animadas a seres inanimados.

Exemplo:  O carro reclamou do arranhão.  O autor atribui a característica da fala a um carro. 

Hiperbóle

A hipérbole é marcada pelo exagero.

Exemplo: Ganhou rios de dinheiro. A expressão quer dizer que a pessoa ganhou muito dinheiro, mas não rios.

Difemismo

O difemismo é uma figura de linguagem que torna uma expressão desagradável fazendo uma função oposta do eufemismo.

Exemplo:  João pirou na batatinha. Ao invés de dizer que João está agindo de forma ilógica.

Hibérbato

O hipérbato é representado pela inversão sintática do efeito expressivo, em outros termos quer dizer que a frase está invertida. 

Exemplo: Do sol os raios brilhavam. Na ordem direta a frase seria: Os raios do sol brilhavam.

Dica: como a ordem está invertida, geralmente a frase estará iniciando com uma preposição.

Gradação

Como o nome sugere, a gradação indica uma gradação dos termos em uma frase.

Exemplo: Pegou a chaves do carro, ligou o motor, dirigiu até a praia, estacionou no quiosque.

Onomatopeia

A onomatopeia consiste na representação de sons da natureza. 

Exemplo: Puff, vruum boom.

Sinestesia

A sinestesia consiste na confusão de sentidos do corpo.

Exemplo: Escutou o perfume das ervas.

Vícios de linguagem

Algumas figuras de linguagem ou expressões são consideradas vícios da língua e tem o uso reprovado.

Pleonasmo Vicioso

Repetição obvia de ideias.

Exemplo: Subir para cima.

Ambiguidade

Consiste na duplicidade de sentidos em uma sentença.

Exemplo: Levei a cadela da sua namorada para passear.

Cacofonia

Consiste na formação de sons ou palavras por uma construção acidental.

Exemplo: Beijou a boca dela.

Barbarismo

Consiste na grafia incorreta das palavras.

Exemplo: Salchicha. O correto é salsicha.